quarta-feira, 20 de julho de 2011

Dá(-me) um minuto ... e vive (parte ll)

Dá-me um minuto. Dá-me um minuto para eu me recompor, um minuto de silêncio para eu (re)organizar as ideias, um minuto para eu me por no meu devido lugar, outra vez; dá-me um minuto, só um. Só preciso de um minuto apenas. Já perdi muitos outros minutos a pensar em tudo o que não devia, em tudo e nada. Já chorei muitos minutos a pensar no quanto parva eu sou, a pensar em todos os erros cometidos; já perdi e continuo a perder muitos minutos a dizer disparates, a gritar comigo própria, a chorar por dentro mostrando sentimentos contrários por fora. Não quero mais esta vida, acho que não aguento mais. A saudade está a dar cabo de mim, está a corroer-me o estômago, o coração, está a corroer-me a alma. Destroçando-me cada pedaço de memória, tirando de mim todos os sorrisos mais sentidos. Estou a deixar de ser eu a cada dia, dias perdidos, dias sem nada positivo. Já nem sei o que sinto, saudade, ciúme ou inveja, não sei se me sinto angustiada ou intrestecida, secalhar é tudo ao mesmo tempo e por isso me sinto assim. Sinto-me fora de mim. Acho que está na altura de por um fim a tudo o que está inacabado, um fim a tudo o que mereçe ser finalizado. Os dias passam e quem sofre sou eu, quem chora, quem grita, quem tem medo, sou eu. As horas passam por mim como se o dia demorasse uma eternidade a passar; não entendo. Já deixei de perceber à muito. Perceber, entender, deixei de compreender tudo, compreender-me, até. Deixei de me perceber, pareço outra. Não quero um monte de palavras e/ou frases a atormentarem-me o cérebro, não quero um monte de fotografias a por-me em estado critico. Não quero! Não quero nada disto que tenho. Quero renovar-me. Inovar-me. (Re)criar-me. Não me deixem sozinha, não me deixem adormecer sem uma ultima palavra, um ultimo sorriso de conforto. Quero sentir aquela alegria que até nos faz chorar de tanta emoção, quero sentir e ouvir aquelas palavras que só tu as sabes dizer e como as dizer. Não, nunca, jamais vou querer deixar de te sentir. Pertences-me, de corpo e alma. Tempos escassos todos temos, e nós sabemos bem como são esses tempos, mas vamos deixar-nos disso, por favor. Esses tempos só me estão a tentar mudar, mas eu não quero que isso aconteça. Quero continuar tal e qual como me conheceste, ou talvez melhor. Diz-me que sim, que ficas. Diz-me que eu sou um motivo ou o unico motivo que te prende, diz-me que aquilo que sentes não merece ter fim e que a nossa relação é das poucas coisas que não merece ser finalizada. Diz-me que me queres, que me desejas e que vives por mim. Diz-me que sentes o que eu sinto. Diz-me que eu sou tudo. Tu és tudo. Tu és a minha vida. Tu és a minha alegria, a minha tristeza. Tu és Eu, e Eu sou Tu. Prometo que é assim e vai sempre ser assim.

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